Faz alguns dias que temos visto várias mortes de inocentes devido a fortes chuvas que estão caindo sobre a região Sudeste. Se não estou enganado, no ano passado o grande número de mortes foram na região Sul do país. Estas pessoas não estão morrendo apenas pelos eventos naturais, elas estão morrendo porque o Estado permite que a população ocupe áreas de riscos, cabeceiras e margens de rios e lagos, morros, encostas, etc, mas um fato ficou evidente no desastre de Teresópolis no Rio de Janeiro, a ineficiência da Secretaria Nacional de Defesa Civil Brasileira.
A atuação da defesa civil tem o objetivo de reduzir desastre e compreende ações de prevenção, de preparação para emergências e desastres, de resposta aos desastres e de reconstrução, e se dá de forma multissetorial e nos três níveis de governo – federal, estadual e municipal - com ampla participação da comunidade.
De uma forma geral, os desastres naturais que prevalecem no Brasil são os seguintes:
- Região Norte - incêndios florestais e inundações;
- Região Nordeste - secas e inundações;
- Região Centro-Oeste - incêndios florestais;
- Região Sudeste – deslizamento e inundações;
- Região Sul – inundações, vendavais e granizo.
Se observarmos a lista acima, verificamos que inundações estão em 80% das regiões do país, portanto teríamos que ter equipes preparadíssimas para atender este tipo de eventos. Quem pensar assim está totalmente errado. As equipes que atuam nas maiorias dos estados brasileiros são completamente despreparadas, desqualificadas e sem treinamento algum para eventos do tamanho que eles se apresentaram nestes últimos dias.
Conversando com amigos chilenos treinados especificamente para eventos como terremotos e que vieram auxiliar o pessoal a encontrar sobreviventes, pessoas isoladas e mortos, eles nos informaram que a tragédia ocorrida em Teresópolis teve as mesmas características que um terremoto de magnitude 7 a 8 na escala Richter e que para isto, deveriam ter pessoas especializados para esta tarefa.
Quem trabalhou junto a este órgão, seja ele em Jundiaí-SP, Franco da Rocha-SP ou em Teresópolis-RJ, pode perceber a deficiência em todas as ações deste órgão, o descontrole é geral, causando até atritos entre outros órgãos que lá estiveram para ajudar aos sobreviventes.
Existem exemplos de vários países que possuem um sistema quase eficaz para tratar deste tipo de situação, só para ter uma ideia, na Austrália houve uma grande enchente numa região do país e um grande incêndio em outra região. Lá também ocorreram mortes nas enchentes e incêndios, porém não passaram de 40 pessoas no total, números considerados baixo por eles devido ao grande número de cidades alagadas pelas enchentes (mais de 100 cidades). Esse país tem um sistema tecnológico fantástico e pessoal altamente especializado que alerta as autoridades e população em tempo hábil para se retirarem das regiões onde existem riscos.
O Governo Federal já está sinalizando que pode criar uma secretaria para tratar deste tipo de eventos e esperamos que junto com outros órgãos como o INPE, não deixem mais morrer CIVIS INDEFESOS.
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