sexta-feira, 8 de julho de 2011

Querendo entender



Muitos homens tentam entender como as mulheres conquistaram e conquistam todas as áreas profissionais e não aprendem com suas ações, comportamento e características. As mulheres por sua constante necessidade de cumprir diversas tarefas no dia a dia, como dona de casa, mãe, esposa e profissional, ela adquiriu e desenvolveu uma grandiosa capacidade de adaptação de saber lidar com as diversas situações e ambientes e isto se tornou um poderoso diferencial no mercado de trabalho.
A mulher começou a acreditar no seu valor profissional, onde está todo o diferencial que o mercado busca. A mulher parou de pensar e agir conforme o modelo “masculino” do passado e foram conquistando seu espaço, criando um perfil de atuação e gestão diferenciado.
Até pouco tempo atrás o modelo que tínhamos em mente era apenas o homem trabalhar e manter uma família. Atualmente temos um novo cenário onde existe a busca para somar renda e ter uma melhor qualidade de vida, e é neste cenário que o papel da mulher é importantíssimo.
As organizações começaram a reconhecer este papel, fazendo com que as mulheres ocupem cargos mais importantes e tendo destaque no mercado de trabalho, apesar dos seus rendimentos serem inferiores aos dos homens em até cerca de 30%, mas isto é algo que com certeza será ajustado com o tempo, tendo em vista que as mulheres estão ocupando cada vez mais cargos estratégicos dentro das organizações, devido sua grande capacidade de flexibilizar ações, sensibilidade aguçada, e firmeza nas ações. Cabe ao homem reconhecer o seu papel fundamental para que as mudanças ocorram de forma eficiente e eficaz nas organizações e sociedade.


segunda-feira, 16 de maio de 2011

A hora certa

Este post é para aquelas empresas que ficam buscando sem sentido, ferramentas de gestão a todo custo e sem preparação alguma, sem planejar. Passam de fases sem aprendizagem alguma, somente com o desejo de ter um selo ou certificação  para postar em seu sistema de qualidade ou site.

Muitas empresas caíram e caem na armadilha das mudanças drásticas de coisas que não precisam de alteração, apenas aprimoramento. O que lembra a história de duas pulgas.

Duas pulgas estavam conversando e então uma comentou com a outra:

- Sabe qual é o nosso problema? Nós não voamos, só sabemos saltar. Daí nossa chance de sobrevivência quando somos percebidas pelo cachorro é zero. É por isso que existem muito mais moscas do que pulgas.

E elas contrataram uma mosca como consultora, entraram num programa de reengenharia de vôo e saíram voando. Passado algum tempo, a primeira pulga falou para a outra:

- Quer saber? Voar não é o suficiente, porque ficamos grudadas ao corpo do cachorro e nosso tempo de reação é bem menor do que a velocidade da coçada dele. Temos de aprender a fazer como as abelhas, que sugam o néctar e levantam vôo rapidamente.

E elas contrataram o serviço de consultoria de uma abelha, que lhes ensinou a técnica do chega-suga-voa. Funcionou, mas não resolveu. A primeira pulga explicou por quê:

- Nossa bolsa para armazenar sangue é pequena, por isso temos de ficar muito tempo sugando. Escapar, a gente até escapa, mas não estamos nos alimentando direito. Temos de aprender como os pernilongos fazem para se alimentar com aquela rapidez.

E um pernilongo lhes prestou uma consultoria para incrementar o tamanho do abdômen.

Resolvido, mas por poucos minutos. Como tinham ficado maiores, a aproximação delas era facilmente percebida pelo cachorro, e elas eram espantadas antes mesmo de pousar. Foi aí que encontraram uma saltitante pulguinha:

- Ué, vocês estão enormes! Fizeram plástica?

- Não, reengenharia. Agora somos pulgas adaptadas aos desafios do século XXI. Voamos, picamos e podemos armazenar mais alimento.

- E por que é que estão com cara de famintas?

- Isso é temporário. Já estamos fazendo consultoria com um morcego, que vai nos ensinar a técnica do radar. E você?

- Ah, eu vou bem, obrigada. Forte e sadia.

Era verdade. A pulguinha estava viçosa e bem alimentada. Mas as pulgonas não quiseram dar a pata a torcer:

- Mas você não está preocupada com o futuro? Não pensou em uma reengenharia?

- Quem disse que não? Contratei uma lesma como consultora.

- O que as lesmas têm a ver com pulgas?

- Tudo. Eu tinha o mesmo problema que vocês duas. Mas, em vez de dizer para a lesma o que eu queria, deixei que ela avaliasse a situação e me sugerisse a melhor solução. E ela passou três dias ali, quietinhos, só observando o cachorro e então ela me deu o diagnóstico.

- E o que a lesma sugeriu fazer?

- "Não mude nada. Apenas sente no cocuruto do cachorro. É o único lugar que a pata dele não alcança".

Moral: você não precisa de uma reengenharia radical para ser mais eficiente. Muitas vezes, a grande mudança é uma simples questão de reposicionamento.

O reposicionamento depende muito das metas e objetivos traçados pela alta administração, focadas em resultados e com a utilização de todos os recursos possíveis, sem medo e sempre visando atendimento as necessidades dos seus clientes internos e externos.

Buscar a todo custo esta ou aquela certificação não irá levá-lo em lugar algum. Ter um certificado ou selo apenas para colocá-lo em uma parede é o mesmo que escrever o nome da empresa na cor branca em uma parede de mesma cor, ninguém irá perceber. Somente busque a excelência na gestão se todos os processos estiverem definidos claramente e verifique se todos os setores de sua empresa estão entendendo suas metas e seus objetivos, caso contrário, treine, qualifique, capacite, gerencie todos processos. Não compensa ficar pulando de norma em norma para buscar reconhecimento, você com certeza irá perder muito “sangue bom".

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Um pequeno pedaço do pecado


Esta semana a cidade viveu um momento de expectativa com a notícia da vinda para nosso parque industrial da gigante Apple. Todos comentam, discutem, brigam para ficar com a paternidade e as comemorações são tantas que chegam a ser hilárias. Os investimentos serão enormes, bem como a geração de mão de obra. Ponto, chegamos ao ponto chave de toda discussão, onde buscar mão de obra? Não temos números de profissionais adequados com conhecimento técnico para satisfazer a empresa neste instante, correto? Errado.
Pontos errados sobre toda estas discussões:
1° - quem vem para o Brasil e irá montar os Ipad e Iphone em Jundiaí/SP é a Foxconn, multinacional taiwanesa de tecnologia. Representantes da Foxconn (e não da Apple) estarão na próxima semana tratando com o governo sobre os investimentos de $12 bilhões (R$ 19 bilhões) que devem ser aplicados em cinco anos.
2° - a mão de obra utilizada nas unidades da Foxconn são, em sua grande parte de montagem, sem exigência de grande conhecimento técnico, apenas treinamentos de qualificação e capacitação. As linhas de produção são idênticas ao filme “Tempos Modernos” de Charles Chaplin, que apesar de ser cômico, é uma realidade em nossas grandes corporações.
A discussão com o governo federal será para tratar de contrapartidas que a empresa pleiteia para colocar tal investimento, gerar emprego e transferência de tecnologia.
Ora, se a Foxconn é uma montadora, qual seria a tecnologia que poderia ser transferida para região? Poucas, embora temos que acreditar que ninguém irá investir tanto dinheiro assim apenas para ter mão de obra barata a troco de um capitalismo moderno.
A região já é privilegiada com outras unidades da Foxconn e irá crescer e desenvolver ainda mais com tamanho investimento e geração de empregos, mas cabe agora aos gestores públicos buscar a outra fatia desta maça, a fabricação dos componentes, que aí sim, gerariam transferência de tecnologia ao nosso parque industrial.
Parabéns a todos aqueles que de uma forma direta e indireta, trabalharam para que fosse possível trazer esta grande “macieira”, que com certeza irá dar muitos frutos.

terça-feira, 3 de maio de 2011

A FATURA VIRÁ EM 2012

Em 05 de abril já havia comentado (carta aos Vereadores de Jundiaí) sobre alguns fatos em que a Câmara de Jundiaí se posicionava sobre algumas decisões sem critério algum e estava deixando a população em segundo ou terceiro plano. Alertei que os vereadores não estavam percebendo que existe um crescimento da participação popular nas questões da Câmara e que eles, vereadores, estavam perdendo uma grande chance de mudar o pensamento de grande parte da população que acredita que todo político é igual, que legisla para causas próprias, que são corruptos, sem caráter, etc.
Pois bem, vocês mais uma vez decepcionaram a população nas duas últimas seções, na seção 102 votaram projeto em urgência para aumento dos seus subsídios, do prefeito, vice e secretários, bem como o aumento de cadeiras. Duvidaram ou questionaram a inteligência da população, duvidaram das redes sociais, riram da mobilização da sociedade, pois bem, vocês erraram feio. Tiverem que recorrer ao “padrinho” do executivo, o prefeito Miguel Haddad, solicitando veto aos projetos que anteriormente vocês aprovaram. O Remendo ficou pior, porque perdemos a chance de saber qual seria a posição do prefeito a respeito deste assunto. Ficamos sem saber qual seria o posicionamento do executivo em relação a dois projetos que aumentariam os gastos públicos, tanto defendidos pelos mesmos vereadores em outros projetos.

Ai veio a seção 103, realizada no dia de hoje, onde tudo que vocês duvidaram ou menosprezaram, estava presente, a sociedade jundiaiense, com estudantes de diversos colégios e universidades, sindicados, populares, etc. Aqueles que vocês colocaram em segundo plano e terceiro plano. Foi de encher os olhos os protestos e depois observar a fisionomia dos senhores, foi algo inimaginável e gratificante, vocês não sabem como isto faz bem para com quem é deixado de lado, ignorado e menosprezado. Vocês agora podem ter certeza, nós entendemos muito bem o que vocês estavam tentando aprovar, não aceitamos respostas como a de um vereador “lá em Brasília teve aumento e ninguém disse nada”, então eu respondo “não estamos em Brasília, estamos em Jundiaí, lá logo irá ter a mesma atitude da sociedade, o tempo irá provar”.

Nesta seção 103 ficou claro que vocês estão perdidos, utilizaram uma seção (102) em vão e tiveram que realizar outra para tentar se redimir, porém será mero engano pensar que a população irá esquecer, aguardem e vocês verão a fatura no ano de 2012.

A democracia sempre vence, representada por seu maior órgão: A SOCIEDADE MOBILIZADA.



quinta-feira, 28 de abril de 2011

Fomos traídos novamente.

A casa do povo de Jundíaí se tornou a casa da VERGONHA. No Estado democrático o povo é a referência, e a legislatura em causa própria ou com vista a isto é falta de ética, é jogar o povo em terceiro plano. Primeiro são os desejos do executivo, depois os interesses de legislar em causa própria e depois o que sobrar vai para o povo, quase sempre nada. Gostaria de ver um projeto decente de um vereador que votou em favor do aumento de seus subsídios. Mostrem 1, dúvido que verão projetos da Vereadora Ana Tonelli, do Doca, dos Pastores , do Sr. Mingo, do Sr Silvinho, do senhor Zé Dias, do Sr. Gastaldo e por aí vai. Mostrem um projeto decente, um que atendesse toda a população e não para seus interesses voltado a próxima eleição onde serão derrotados, pois não iremos esquecer, iremos lembrar a população todos os dias, em todos momentos vocês serão lembrados.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Carta aos vereadores de Jundiaí


Venho por meio desta manifestar minha insatisfação quanto à postura da Câmara Municipal nas pessoas dos Srs. vereadores.
Eu cidadão jundiaiense e que, participo e acompanho as questões municipais da região, fiquei perplexo ao verificar a ingerência do executivo nos trabalhos do legislativo. Eu, bem como toda população de Jundiaí confiamos nossos votos aos Srs. e pessoalmente acredito que estamos sendo traídos.
Na Seção 98 no qual vocês mantiveram o veto do executivo ao projeto que paralisava grandes empreendimentos e na seção 99 na qual vocês rejeitaram a proposta de emenda a Lei orgânica nº 092 que exigia que o município cuidasse dos seus dependentes químicos, me fizeram ter certeza que precisamos de mudanças profundas na política local.
Não podemos e não devemos aceitar um legislativo submisso as vontades da atual gestão municipal. É claro que não existe um lugar onde todos os projetos são aprovados, devidos a inúmeros fatores, principalmente quanto a sua constitucionalidade, porém estes dois projetos eram um avanço quanto à melhoria em nossa qualidade de vida, e sendo o segundo projeto uma obrigação do município conforme CF.
Acredito que vocês não estão percebendo que existe um crescimento da participação popular nas questões da Câmara e vocês estão perdendo uma grande chance de mudar a mentalidade da grande parte da população que acredita que todo político é igual, que legisla para causas pessoais, que são corruptos, sem caráter, etc.
Uma Câmara democrática é o que esperamos, e eu pessoalmente acredito que a temos, com procedimento e regras claras, mas com posturas contrárias à vontade e desejos da sociedade. Eu quero ver como vocês irão justificar o aumento do número de vereadores e assessores que também irá exigir aumento do gasto público, argumento utilizado por alguns vereadores como justificativa para reprovar o projeto 092. Só lembrar que a atual prefeitura gastou 10 milhões em propaganda.
É desanimador ver nossa Câmara tratar assuntos de interesse da população sem sequer consultá-la. ESTA POSTURA TEM E DEVE MUDAR, ACREDITO NOS SENHORES.

terça-feira, 8 de março de 2011

Gestão Amadora

Atualmente observamos muito se falar de empreendedores, lideres e gestores e das dificuldades encontradas pelas empresas em conseguir formar ou encontrar este profissional no mercado. Vemos também que algumas características são marcantes em cada estilo de gestão encontrada. O gestor deve estar alinhado a estratégia da empresa e inspirar as pessoas a segui-la, cabendo a ele escolher o time certo e saber administrar conflitos, entre outras.
O que observamos ultimamente não passa de gestão amadora, medrosa e na base do “manda quem pode, obedece quem tem juízo”, ou seja, a lei do chicote.
Recentemente comecei a pesquisar este assunto tendo em vista meu projeto para conclusão do curso de Administração e posterior pós graduação em gestão de pessoas e processos e encontrei vários tipos de gestão, porém um estilo se destaca e parece ser a realidade atual dos gestores brasileiros, a gestão amadora.
Para exemplificar e não constranger qualquer empresa pesquisada vamos tomar como exemplo um time de futebol, embora pudéssemos escolher todos, vamos utilizar o time do Santos Futebol Clube. Um time que veio crescendo nos últimos anos após várias conquistas realizadas pela juventude provinda de sua escola de formação de profissionais. Parece até que isto tudo seria devido a uma boa gestão, ledo engano, por trás destas conquistas, o que observamos é um exemplo claro de gestão amadora, na base de canetada, do “quem manda aqui sou eu”.
Três episódios mostram claramente como uma gestão pode fazer mal ao negócio. No primeiro caso, exemplo claro de não saber administrar conflitos, foi no episódio onde o então técnico Dorival Júnior e o jogador Neymar, protagonizaram uma das mais bizarras cenas de desrespeito ao comandante e aos demais companheiros da equipe. O jogador num lampejo de estrelismo, xingou o capitão do time e desrespeitou o treinador. Neste episódio caberia a direção do time saber administrar este conflito, mas o resultado todos conhecemos, o técnico foi demitido e o jogador sequer levou multa pelas suas atitudes.
Outro episódio foi a saída do técnico Adilson Batista após derrota para o Todo Poderoso Timão (Corinthians), a sua única derrota em 10 partidas disputadas. Esta saída foi devido à pressão exercida pela torcida santista, fato também que caberia a diretoria saber administrar.
No episódio Neymar agora começa aparecer às conseqüências desta gestão amadora, outros jogadores querem aumento de salário idêntico ao da estrela do time ou pelo menos um aumento considerado. Outro fato é que, o time não está rendendo mais com o Neymar em campo, os jogos vencidos ultimamente foram em sua maioria sem a estrela do time. Enquanto o time joga, o garoto vai a passear ou descansar bem longe, como ocorreu no carnaval de 2011 onde o time jogou no sábado e ele estava na Bahia pulando em trio elétrico e no Rio de Janeiro desfilando em escola de samba.
O terceiro episódio ficou a cargo da torcida. Esta ameaçava a diretoria do time que se, caso o técnico não fosse mandado embora, não  apoiaria o time, vaiando e boicotando-o. Além disso, a diretoria santista queria colocar um aumento de ingresso mas teve que voltar atrás devido a reclamações e ainda ceder 1000 ingressos gratuitos a  mesma torcida, sobre a ameaça de protestos e tudo mais. Estas intervenções externa enfraquecem o clube, ficam sem controle e a merce de marginais uniformizados de torcidas. Vale a pena lembrar do episódio com o ex técnico Leão, onde a mesma torcida agrediu fisicamente o profissional dentro das instalações do clube.
Se os times tivessem uma gestão profissional, com todos os setores buscando o máximo e com objetivos bem definidos, situações como as apresentadas acima, seria conduzidas de forma profissional e sem muito alarde e sem as perdas que futuramente iremos ver.
Muitos irão dizer que a utilização de time de futebol como exemplo é um exagero ou que a maioria das empresas não são assim. Estão enganados, a grande parte das indústrias são assim, tem líderes medrosos, incapazes de administrar conflitos, não tem uma equipe possuem um bando, as equipes são reativas e não proativa, não existem feedbacks adequados ou exatos, quando o profissional tem capacidade não tem habilidade e vice versa, não recebem auxílio da área de recursos humanos em quase 100% das vezes, a maioria das lideranças não estão alinhadas aos objetivos e metas da empresa e do setor, agem por impulso, não permitem que o funcionário cresça e não o ajuda a desenvolver suas competências, entre outros.
Então como encontrar ou formar um bom gestor se os cursos, por exemplo, de administração de empresa e de gestão empresarial, entre outros, são fracos e com conteúdos banais? Acredito que este seja o grande desafio, mesmo porque a capacidade de gestão também é individual, intrínseca a personalidade do profissional. O indivíduo apresenta algumas características que levam a um bom gestor, então fica a cargo das faculdades e universidades desenvolver e lapida-las. As empresas devem sempre incentivar seus colaboradores a buscarem a gestão, envolvendo-os em projetos que tenham sentidos, definindo novos desafios e objetivos, tendo bons gestores onde possam se espelhar. Lembre-se, “pessoas sempre querem atingir a excelência e crescer como profissional” e nunca esquecer, “os profissionais não deixam as empresas, elas deixam maus gestores”.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Civis indefesos



Faz alguns dias que temos visto várias mortes de inocentes devido a fortes chuvas que estão caindo sobre a região Sudeste. Se não estou enganado, no ano passado o grande número de mortes foram na região Sul do país. Estas pessoas não estão morrendo apenas pelos eventos naturais, elas estão morrendo porque o Estado permite que a população ocupe áreas de riscos, cabeceiras e margens de rios e lagos, morros, encostas, etc, mas um fato ficou evidente no desastre de Teresópolis no Rio de Janeiro, a ineficiência da Secretaria Nacional de Defesa Civil Brasileira.
A atuação da defesa civil tem o objetivo de reduzir desastre e compreende ações de prevenção, de preparação para emergências e desastres, de resposta aos desastres e de reconstrução, e se dá de forma multissetorial e nos três níveis de governo – federal, estadual e municipal - com ampla participação da comunidade.
De uma forma geral, os desastres naturais que prevalecem no Brasil são os seguintes:
  • Região Norte - incêndios florestais e inundações;
  • Região Nordeste - secas e inundações;
  • Região Centro-Oeste - incêndios florestais;
  • Região Sudeste – deslizamento e inundações;
  • Região Sul – inundações, vendavais e granizo.
Se observarmos a lista acima, verificamos que inundações estão em 80% das regiões do país, portanto teríamos que ter equipes preparadíssimas para atender este tipo de eventos. Quem pensar assim está totalmente errado. As equipes que atuam nas maiorias dos estados brasileiros são completamente despreparadas, desqualificadas e sem treinamento algum para eventos do tamanho que eles se apresentaram nestes últimos dias.
Conversando com amigos chilenos treinados especificamente para eventos como terremotos e que vieram auxiliar o pessoal a encontrar sobreviventes, pessoas isoladas e mortos, eles nos informaram que a tragédia ocorrida em Teresópolis teve as mesmas características que um terremoto de magnitude 7 a 8  na escala Richter e que para isto, deveriam ter pessoas especializados para esta tarefa.
Quem trabalhou junto a este órgão, seja ele em Jundiaí-SP, Franco da Rocha-SP ou em Teresópolis-RJ, pode perceber a deficiência em todas as ações deste órgão, o descontrole é geral, causando até atritos entre outros órgãos que lá estiveram para ajudar aos sobreviventes.
Existem exemplos de vários países que possuem um sistema quase eficaz para tratar deste tipo de situação, só para ter uma ideia, na Austrália houve uma grande enchente numa região do país e um grande incêndio em outra região. Lá também ocorreram mortes nas enchentes e incêndios, porém não passaram de 40 pessoas no total, números considerados baixo por eles devido ao grande número de cidades alagadas pelas enchentes (mais de 100 cidades). Esse país tem um sistema tecnológico fantástico e pessoal altamente especializado que alerta as autoridades e população em tempo hábil para se retirarem das regiões onde existem riscos.

O Governo Federal já está sinalizando que pode criar uma secretaria para tratar deste tipo de eventos e esperamos que junto com outros órgãos como o INPE, não deixem mais morrer CIVIS INDEFESOS.
TRADUÇÃO
In memoriam: My friend Israel
"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons."

Martin Luther King Jj.

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